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O vento no rosto...
cabelos atirados para trás,
a brisa acariciando os contornos da face,
descendo pelo pescoço,
afogando as curvas do corpo,
tentando arrancar-lhe as roupas,
ar ausente,
olhos parados,
contemplando quase sem dar por isso,
o imenso céu cinzento, melancólico e esfumando-se,
a suave neblina envolvendo a serra longínqua,
a fúria do mar,
de azul marinho escurecido,
entrando-lhe pelos olhos, em êxtase,
a areia macia sulcada pelo vento
que caprichosamente a desenha
esboçando a sua arte espontânea,
ao acaso,
na enorme tela de areia finíssima
curvas e mais curvas... sulcos...
os rochedos inclementes de uma beleza
imponente erguidos,
desafiando o ar gelado, cheirando a maresia,
as vagas multuosas batidas pelo vento
desfazendo-se num esplendor de minúsculas
bolhas de espuma branquissima,
o sol de sensações que a invadem de paz,
melancolia e vontade de gritar bem alto,
na solidão da praia.
Os olhos enchem-se de lágrimas que o vento arrasta e grita:
"volta eu amo-te"
corre pela areia ate ao limite da resistência,
cai sem forças e cansada mas...
mais calma.
Este poema foi escrito andava eu no 9º ano e numa fase da minha vida muito louca sempre sem stresses. Que saudade...
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